terça-feira, 3 de novembro de 2015

Os imigrantes deixam a sua marca na cultura brasileira



      A imigração não significou apenas mudanças econômicas. Além de contribuir para o desenvolvimento do país, os imigrantes deixaram sua marca na cultura brasileira.
      Cada grupo tinha sua própria cultura, hábitos alimentares, diferentes modos de vida, língua, suas festas, festas religiosas, etc.
      Exemplo: o hábito de comer pizza, que veio com os italianos para São Paulo e é hoje uma verdadeira mania nacional. O futebol trazido pelos ingleses e o Carnaval que é mais antigo veio de Portugal ainda no período colonial e no começo se chamava Entrudo.
      No sul temos a influência alemã na arquitetura.
      A herança da imigração se misturou, assim, com hábitos já existentes, somando-se à cultura indígena, à africana e à dos portugueses e descendentes. Dessa mistura surgiram costumes novos e particulares no Brasil. Nesse processo, chegamos a uma cultura rica e variada.

COSTUMES QUE OS IMIGRANTES DEIXARAM:

    ITALIANOS- pizza
    PORTUGUESES- bacalhau
    ESPANHOÍS - flamengo (estilo de música)
    JAPONESES- jiu-jitsu
    ESTADUNIDENSES-fast food


Vídeo: O Imigrante


    

Sírios: vítimas da guerra civil


      Nos últimos quatro anos, o Brasil se tornou o principal destino de refugiados sírios na América Latina. Segundo estatísticas do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o país abriga atualmente cerca de 1.600 cidadãos sírios reconhecidos como refugiados – o maior grupo entre os aproximadamente 7.600 refugiados que vivem no país, de mais de 80 nacionalidades diferentes.
      O conflito está entrando no seu quinto ano. Para o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, trata-se da “pior crise humanitária da nossa era”. Segundo dados divulgados ontem pelo ACNUR, já são 3,9 milhões de refugiados sírios registrados nos países vizinhos e outros 8 milhões de deslocados dentro da própria Síria.

Brasil acolhe mais sírios que países na rota
europeia de refugiados

      Sírios tem dificuldades de encontrar emprego e moradia no Brasil. Há dois anos no Brasil, Hanaa e a família sobrevivem da venda de salgados, o principal meio de sustento da família de cinco pessoas, incluindo uma criança de 5 anos. Ela alega ter escolhido o país pelas facilidades de conseguir asilo. Desde 2011, o Brasil acolheu 2.077 refugiados sírios, o maior número na América Latina e bem à frente da Argentina, que recebeu 268.
No Brasil, os refugiados estão contando com a solidariedade de muita gente e estão aos poucos se integrando na sociedade. 

Haitianos: vítimas da instabilidade econômica, política e terremoto

Imigrantes haitianos refugiados

      A imigração haitiana ao Brasil é um fenômeno migratório que ganhou grande dimensão após o terremoto que abalou o país do Caribe em 12 de janeiro de 2010 e que provocou a morte de mais de 300 mil pessoas e deixou cerca de 300 mil deslocados internos.
      A presença de haitianos no Brasil era inexpressiva antes da instabilidade política que afetou o país em 2003-2004. Desde então, com a presença dos militares da força de paz da ONU (em sua maioria brasileiros), os haitianos passaram a ver no Brasil um ponto de referência. Após o terremoto de 2011, que desencadeou uma grande onda de emigração no Haiti, o Brasil passou a ser um dos destinos preferenciais dos migrantes. Atualmente cerca de 50 a 100 haitianos entram por dia no Brasil de maneira indocumentada, pelo estado do Acre.

     Os haitianos estão vindo ilegalmente para o Brasil. Segundo o governo do Acre, desde dezembro de 2010, cerca de 130 mil haitianos entraram pela fronteira do Peru com o Estado e se instalaram de forma precária nos estados do Pará, Acre, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do sul. De acordo com o delegado Carlos Frederico Portella Santos Ribeiro, da Polícia Federal (PF), entre janeiro e setembro do ano de 2011, foram 6 mil e, em 2012, foram 2.318 haitianos que entraram ilegalmente no Brasil.





Bolivianos: melhores condições de vida

Imigrantes bolivianos no Brasil


      Os imigrantes bolivianos, vieram para conquistar melhores condições de vida. Sua maioria está empregado nas pequenas indústrias de roupa de São Paulo, em geral propriedades de imigrantes coreanos. Muitos imigrantes bolivianos vieram para o Brasil sem documentação e são explorados e submetidos a jornadas exaustivas de trabalho, eles são tratados como escravos.





Imigrações recentes

       Na década de 1960, o Brasil deixou de receber grandes levas de imigrantes. É uma fase de declínio da imigração marcada pelas políticas de controle dos estrangeiros no país. A partir de então o número de imigrantes portugueses, assim como de outras nacionalidades, caí seguidamente. Depois disso, o que temos hoje, é um número irrisório de imigrantes portugueses, não são contabilizados mais com tanta ênfase como nas fases anteriores. Os portugueses, que eram os únicos que ainda imigravam em massas para o Brasil, passaram a deslocar-se preferencialmente para outros países da Europa.
       Na década de 1980, considerada a década perdida na América Latina, com desemprego em alta e inflação galopante , o Brasil tornou-se um país
       Nos últimos anos,as imigrações atuais no Brasil vêm expandindo-se exponencialmente ao longo dos últimos anos, revelando um novo cenário demográfico no país.
       Por razão de problemas no país de origem ou outros motivos, estrangeiros têm procurado as terras brasileiras como destino para uma nova vida.
       O aumento no número de estrangeiros no Brasil vem sendo acompanhado por certa oposição de parcela da sociedade e da mídia. A legislação imigratória brasileira é considera a segunda mais rígida e burocrática do mundo, depois da China.
       Dentre os fluxos migratórios recentes no Brasil destacam-se os imigrantes bolivianos, hatianos, sírios, entre outros.

Imigração após independência

       Os primeiros grupos de imigrantes não portugueses e não africanos chegaram ao Brasil, de forma organizada, somente depois da abertura dos portos de 1808.
Imigração europeia: nas plantações de café
       Que a imigração europeia para o Brasil teve início no Segundo Reinado.
       Em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravos. Não era ainda o fim da escravidão, mas o fim do ingresso de novos africanos escravizados.
       Os fazendeiros começaram a pensar, com a possibilidade do fim do tráfico de escravos e mesmo da escravidão, a pensar em trazer trabalhadores da Europa para cultivar suas terras.
       Essa preocupação dos fazendeiros foi estimulada por teorias raciais vigentes na época.
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Africanos: movimento migratório forçado

Instrumentos usados para punir
os escravos.

        Em decorrência do tráfico negreiro, entre meados do século XVI até sua extinção, em 1850, entre 4 e 5 milhões de africanos foram levados ao Brasil na condição de escravos, o que torna o Brasil o país que mais recebeu africanos em toda a História.
        É impossível precisar de um número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas. 
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